O Musicoterapeuta

O Musicoterapeuta é um espaço de publicação de material musicoterapêutico utilizado nos Programas Anima (CEPON), Anima (CAPS) e MusicAção Floripa, realizados pelo Instituto Conviver Saúde, em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Andar com fé

Uma adaptação da conhecida canção de Gilberto Gil,
para o Programa Anima.

Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá
Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá

Que a fé tá no hospital
A fé tá na quimio também
Oh oh dentro do coração

A fé tá na enfermeira
No médico e dentro de mim
Oh oh na luz, na escuridão

Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá
Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá

A fé tá na manhã
A fé tá no anoitecer
Oh oh tá nesse violão

A fé tá viva e sã
A fé tá pronta pra crescer
Oh oh até na solidão

Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá
Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá

Certo ou errado até
A fé vai onde quer que eu vá
Oh oh a pé ou de avião

Mesmo a quem não tem fé
A fé costuma acompanhar
Oh oh pelo sim pelo não

Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá
Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá


domingo, 12 de dezembro de 2010

Canta, canta minha gente

Uma canção de Martinho da Vila,
com letra adaptada por Eduardo da Cruz,
para o Programa Anima.



Canta, canta minha gente
Deixa a tristeza pra lá
Canta forte, canta alto
Que a vida vai melhorar

Que a vida vai melhorar
Que a vida vai melhorar

Cantei um samba de roda
Um samba canção e um samba rasgado
Cantei quando tava doente
No dia seguinte acordei curado

Cantei dentro do hospital
Um samba risonho cheio de gingado
Mas não canto a enfermeira bonita
Porque ela tá com o doutor do lado...

Canta, canta minha gente...

Quem canta seus males espanta
Deitado na cama ou em pé rebolando
Canta de qualquer maneira
Canta bonitinho ou desafinando

Há muito tempo não vejo
Alguém de pijama num cantarolado
Só não dá pra deixar de cantar
Quando você está hospitalizado...

Canta, canta minha gente...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Meu barco

Canção escrita em uma sessão do
Programa Coração Feliz,
a partir da fala dos participantes do encontro.


Meu Barco


E agora eu vivo o presente

Me sinto mais forte, é mais fácil viver

Quem vive preso no passado

Congela no tempo, é fácil sofrer


Mas somos o fruto do ontem

Por isso o passado tem algo a dizer

Mas cuida, não te prende a ele

A vida é presente, é agora o fazer


Navego, meu mar é tranquilo

As velas içadas, cordas no convés

Sem rumo, rumo ao infinito

Me sinto seguro, forte ante o revés


Navego num mar inconstante,

Meu barco é meu ninho, que navega em paz

O acaso trás sol, chuva ou vento

Mas nosso roteiro é a gente quem faz


Meu barco carrega lembranças

Do tempo de infância e dos ventos fatais

Levá-lo exige confiança

Força de vontade e saber-se capaz


Navego em mares diversos

Buscando a utopia dos tempos de paz

Esqueço dos quase naufrágios

Na carga só levo as delícias do cais

Primeiro o dente

Composição terapêutica instantânea, realizada em sessão do Programa Coração Feliz.


Primeiro o dente
Meu coração capengando
Doutor querendo que eu corte
Mas antes de qualquer coisa
Primeiro o dente!

Tem pedra em minha vesícula
Não importa, a boca tá torta
Eu cuido primeiro o dente
Eu cuido primeiro o dente

Primeiro o dente
Sem dente prefiro a morte
Sem dente não sigo em frente
O copo que ri me assusta
Assustada eu cuido primeiro

Primeiro o dente
O resto eu chuto pra frente
Eu morro mas morro com dente
Com dente eu morro contente
Com dente eu volto a ser gente

Por isso eu cuido primeiro
Primeiro o dente...


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Se queres te acompanho no caminho

Uma canção do Pe. Eduardo Meana, adaptada por Eduardo da Cruz.


Se queres te acompanho no caminho
E no caminho vamos conversando
E ao conversar teus ombros descarregam
Pois tua carga vamos partilhando

Pois é possível ver de outra maneira
A trama que te deixa tão confuso
Não vês o fio de ouro da existência
Que redesenha tudo o que encontra

Não vês que o redesenho é movimento
Que a morte é só o avesso da existência
Que o nó que hora te ata se desata
Que é pouco mais que um sonho a permanência

Se queres te acompanho no caminho
Se queres hoje ficarei contigo

Escute as profecias, peregrino
Não testemunhes a desesperança
É hora que levantes a cabeça
E, ainda que a noite, nutras confiança

Pois é possível ver de outra maneira
A trama que te deixa tão confuso
Não vês o fio de ouro da existência
Que redesenha tudo o que encontra

Enquanto despertas de um sonho antigo
Verás a história como história aberta
E brilhará tua fé de caminhante
E a certeza de paz na vida incerta

Se queres te acompanho no caminho
Se hoje ficarei contigo

Desperta

Uma canção de Alejandro Filio, adaptada por Eduardo da Cruz


Desperta...
Tá passando o tempo
E há que acordar
E quebrar a tradição...

Desperta
Eu também fui presa
Deste mal
De lutar contra o que estou...

Este milênio acaba é não é tão simles
E nem tem sido, pra ninguém
Deves saber...

Assim, desperta
Que a vida te espera
Não te acomodes,
Não prossigas a dormir...

Desperta
Que o melhor da vida
Não se mostra
Se prossegues a dormir...

Desperta
Encontrarás teu rumo
E saberás que um mistério vive em ti

Sei que não sou o indicado
Pra falar-te de sonhar
Nada tenho a acrescentar
Mas desperta...

Quando deixas que teus passos
Sigam juntos com os meus
Não sei bem, não entendo bem se estou

Construindo-te um futuro
Ou curando-me um passado
Mas eu sei que este conto não acabou...

Quando deixo que meus passos
sigam juntos com os teus
Não sei bem, não entendo bem se estou

Construindo-me um futuro
Ou curando-te um passado
Mas eu sei que este conto não acabou...

Não terminou...

Desperta
Dentro levas vida
Deixa ir o que já te machucou...

Desperta
Dentro faz teu ninho
Para amar e esquecer ou que passou...

Este planeta é quase todo um paraíso
Dentro de ti o amor colore a tua dor...

Então desperta
Que o tempo vai indo
E ao final
Serás quem te acompanhou...